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Cruzando o Caminho do Sol

Olá gente bonita !

Em maio passado li um livro maravilhoso e vim recomendá-lo aqui.

Trata-se do Cruzando o Caminho do Sol


A estória é muito boa,  apesar de ser ficção está relacionada com nossa realidade cruel : fala de tráfico humano.

Conta a tragédia que acontece na Índia com uma família, onde o vilarejo em que moram é devastado por um tsunami matando pai, mãe, avó e a ajudante da família, sobrando apenas duas adolescentes que além de passarem por isto acabam sendo traficadas e vendidas  para um bordel, paralelo a isto também conta a estória de um advogado americano que é abandonado pela esposa (uma indiana) após terem perdido a filha, ainda um bebê.  
As duas estórias se cruzam, acontecendo coisas horríveis e outras maravilhosas.

Este é um pequeno resumo do livro, um dos melhores que já li.



O autor: 
Corban Addison é graduado em Direito pela  Universidade de Virgínia e em Engenharia pela California Polytechnic State University, San Luis Obispo. O autor interessa-se especialmente por direitos humanos internacionais e é apoiador de inúmeras causas, inclusive da abolição da escravatura moderna. Mora com a esposa e seus dois filhos em Virgínia. Cruzando o Caminho do Sol é seu primeiro romance.


Se você gosta de ler, te recomendo.

Até mais !


Seu Apartamento é Feliz ?

Dia desses fui acompanhar uma amiga que estava procurando um apartamento para comprar. Ela selecionou cinco imóveis para visitar, todos ainda ocupados por seus donos, e pediu que eu fosse com ela dar uma olhada. Minha amiga, claro, estava interessada em avaliar o tamanho das peças, o estado de conservação do prédio, a orientação solar, a vizinhança. Já eu, que estava ali de graça, fiquei observando o jeito que as pessoas moram.


Li em algum lugar que só há uma regra de decoração que merece ser obedecida: para onde quer que se olhe, deve haver algo que nos faça feliz. O referido é verdade e dou fé. Não existe um único objeto na minha casa que não me faça feliz, pelas mais variadas razões: ou porque esse objeto me lembra uma viagem, ou porque foi um presente de uma pessoa bacana, ou porque está comigo desde muitos endereços atrás, ou porque me faz reviver o momento em que o comprei, ou simplesmente porque é algo divertido e descompromissado, sem qualquer função prática a não ser agradar aos olhos.




Essa regra não tem nada a ver com elitismo. Pessoas riquíssimas muitas vezes vivem m palácios totalmente impessoais, aristocráticos e maçantes com suas torneiras de ouro, que valem fortunas e enfeites arrematados em leilões. São locais classudos, sem dúvida, e que devem fazer seus monarcas felizes, mas eu não conseguiria morar num lugar em que eu não me sentisse à vontade para colocar os pés em cima da mesinha de centro.

 A beleza de uma sala, de um quarto ou de uma cozinha não está no valor gasto para decorá-lo, e sim na intenção do proprietário em dar a esses ambientes uma cara que traduza o espírito de quem ali vive. E é isso que me espantou nas várias visitas que fizemos: a total falta de espírito festivo daqueles moradores. gente que se conforma em ter um sofá, duas poltronas, uma tevê e um arranjo medonho em cima da mesa, e não se fala mais nisso. Onde é que estão os objetos que os fazem felizes ? Sei que a felicidade não exige isso, mas pra que ser tão franciscano ? Um estímulo visual torna o ambiente mais vivo e aconchegante, e isso pode existir em cabanas no meio do mato e em casinhas de pescadores, que aliás, transpiram mais felicidade que muito apê cinco estrelas. Mas grande parte das pessoas não está interessada em se informar e investir na beleza das coisas simples. E quando tentam erram feio, reproduzindo em suas casas aquele estilo showroom de megaloja que só vende móveis laqueados e forrados com produtos sintéticos, tudo metido a chique, o suprassumo da falta de gosto. Onde o toque da natureza ? Madeira, plantas, flores, tecidos crus e, principalmente, onde o bom humor ? Como ser feliz numa casa que se leva a sério ?





Não me recrimine, estou apenas passando adiante o que li: pra onde quer que se olhe, é preciso alguma coisa que nos deixe feliz. se você está na sua casa agora, consegue ter seu prazer despertado pelo que lhe cerca? Ou sua casa é um cativeiro com o conforto necessário e fim ?



Minha amiga ainda não encontrou seu novo lar, mas segue procurando, só que agora está visitando, de preferência, imóveis já desabitados, vazios, onde ela possa avaliar não só o tamanho das peças, a orientação solar, o estado geral de conservação, mas também o potencial de alegria que ela pretende explorar.


A crônica acima foi escrita pela Martha Medeiros em 24/jan/2010, está no livro Feliz por Nada.



Resolvi dividi-la com vocês porque ela escreveu exatamente como penso, e tenho certeza que grande parte  de vocês também. Amo minha casinha com minhas artes espalhadas, presentes de amigos, defeitos que estou corrigindo sempre que posso, mas acima de tudo com muito amor e tudo conquistado com sacrifício e perseverança. 

As fotos são todas do meu "ninho" , alguns cantinhos  já foram modificados e ainda não tirei fotos, mas como gostei muito deste texto, não quis esperar para dividir.



Beijos e excelente semana !
 





Cinquenta tons de cinza

Olá,
 
Comecei a ler este livro há uns 20 dias e terminei hoje. Sim, eu que gosto tanto de ler demorei tudo isto para ler um best seller comentado pelo mundo todo, nem sempre com boas críticas, mas mais vendido que Harry Potter (que não li, não vou ler, mas vi os filmes).
 
Comprei por curiosidade  e, digamos que até a metade do livro, li muito devagar, estava classificando simplesmente como um livro pornô com ênfase no sadomasoquismo, ou seja, sexo, dor, submissão e   ainda com uma virgem inocente no meio.
 
 
Bem... mudei de opinião (não me chamem de volúvel...), gostei muito do assunto e hoje fiquei literalmente o dia inteiro lendo, pois queria ver até onde Christian Grey iria chegar, pois dá para perceber que ele logo apaixona-se por Ana, mas não admite nunca.
 
A escritora é muito boa, os detalhes com que conta esta estória é incrível. Confesso que não sabia muita coisa deste mundo de dominadores e submissas, nunca me interessei por este assunto e, apanhar não é comigo.
 
Sei de uma coisa: estou curiosíssima para saber mais desta estória, o novo chefe da Ana deverá ser um problema para ela, assim como, descobrir mais da vida do problemático Christian.
 
 
Chega logo segunda-feira....
 
Vou comprar o segundo livro da trilogia: Cinquenta tons mais escuros e saber como as coisas vão se desenrolar.
 
Se você ainda não leu, na minha opinião vale a pena. Tem sexo, poder, humilhação, dor, mas também é a estória de uma mulher se descobrindo, assustada com seus gostos e sentimentos e, também tem várias passagens com muita doçura e carinho.
 
 
 
Ótimo final de semana !!
 

ELA

"Se você não tem problemas com a sua, levante as mãos para o céu e pare agora mesmo de reclamar da vida. O que são algumas dívidas para pagar, um celular sempre sem bateria, um final de semana chuvoso ? Chatices, mas dá-se um jeito. Nela não. Nela não dá-se um jeito. Para eliminá-la, prometemos cortar bebidas alcoólicas, prometemos fazer mil abdominais por dia, mas ela não acusa o golpe, segue com uma saliência irritante. A gente caminha, corre, sobe escada, desce escada, vibra quando nosso intestino está bem regulado, cumprindo suas funções à perfeição, mas ela não se faz de rogada, mantém-se firme onde está. "Mantém-se firme" é força de expressão. Ela é tudo, menos firme. Você sabe de quem estou falando.
Ela é uma praga masculina e feminina. Os homens também sofrem, mas aprendem a conviver com ela: entregam os pontos e vão em frente, encarando a situação com uma contingência do destino. As mulheres, não. Mulheres são guerreiras, lutam com todas as armas que têm. Algumas ficam sem respirar para encolhê-la, chegam a ficar azuis. Outras vão para a mesa de cirurgia e ordenam que o médico sugue a desgraçada com umbigo e tudo. Mas passa-se um tempo e ela volta, a desaforada sempre volta.
Quem não tem a sua ? Eu conto quem: umas poucas sortudas com menos de quinze anos. Umas poucas malucas que acordam, almoçam e jantam na academia. Algumas mais malucas ainda que não almoçam nem jantam. As que nasceram com crédito pré-aprovado com Deus. E aquelas que nunca engravidaram, lógico.
As que ignoram totalmente sobre o que estou falando são poucas, não lotariam uma sala de cinema. Já as que sabem muito bem quem é a protagonista desta crônica (pois estão por toda parte). Batas disfarçam, vestidinhos disfarçam, biquínis colocam tudo a perder. Nem todas a possuem enorme. Cruzes, não. Às vezes é apenas uma protuberância, uma coisinha de nada, na horizontal nem se repara. Aliás mulheres  acordam mais bem-humoradas do que os homens porque de manhã cedo somos todas magras. Todas tábuas. Todas retas. Passam-se as primeiras horas, no entanto, a lei da gravidade surge para dar bom dia. Lá se vai nosso humor.
Falam muito de celulite. Falam de seios, de traseiros, de rugas, de pés grandes, de falta de cintura, de caspa de tornozelos grossos, de orelhas de abano, de narizes desproporcionais, de ombros caídos, de muita coisa caída. Temos uma possibilidade infinita de defeitos. Mas ela é que nos tira do prumo. Ela é que compromete nossa silhueta. Ela é que arrasa com nossa elegância. ela. Nem ouso pronunciar seu nome. Você sabe bem quem. Se não sabe, sorte sua: é porque não tem."



A crônica acima é de 21 de janeiro de 2007 e foi escrita pela maravilhosa Martha Medeiros.

Estou lendo este livro (recheado de crônicas boas, inteligentes, engraçadas, ótimas) e, resolvi compartilhar esta, pois acredito que 99.9% de nós mulheres gostariam que "ELA" não existisse. 



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